quarta-feira, 28 de junho de 2023

OTAN x RÚSSIA: Sofrimento e [+ Mortes +] para MUITOS, criando [$ Lucros $] para muito POUCOS - A publicação (baseada em 1984, de Orwell) denuncia os $enhore$ das Guerras

 



(O trecho abaixo (06/02/2015 ‼️) não poderia ser mais esclarecedor)

Presenciamos em 2014, o presidente dos Estados Unidos declarar ao mundo que estava em guerra contra o Estado Islâmico,  iniciando mais um ciclo na “Guerra ao terror” iniciada pela família Bush

No livro “1894”, George Orwell nos deixa duas ideias essenciais para entender o mundo contemporâneo: o conceito de guerra ininterrupta e a manipulação do passado

Ao concluir que uma sociedade hierárquica fatalmente iria entrar em colapso caso se alcançasse uma igualdade material e intelectual entre os seus indivíduos, só havia um jeito de uma minoria se sustentar no topo da ordem social vigente: a manutenção da pobreza e ignorância

Mas em mundo que vive de produção de riquezas, mais precisamente do consumo dessas riquezas, “como manter as rodas da indústria em ação sem aumentar a riqueza real das pessoas?” perguntou Orwell. Sua resposta foi imediata: COM A GUERRA ININTERRUPTA

🔴💀⚠️ Perpetuar inúmeras guerras mantém a produção – e o consumo – material em massa sem oferecer conforto em excesso à população, impedindo também que, a longo prazo, se tornem inteligentes e conscientes demais de sua importância nessa roda giratória de produção. “A guerra, como veremos, não apenas efetua a necessária destruição como a efetua de uma forma psicologicamente aceitável.”⚠️💀🔴

Mas como isso é possível? Como justificar o gasto trilionário em armamentos de guerra enquanto milhões passam fome e se encontram sem moradia? Como relativizar a matança de milhares de jovens soldados e civis inocentes? Como tornar isso tudo, “psicologicamente aceitável”?

Orwell também oferece a resposta: a manipulação da memória histórica. “Quem controla o passado controla o futuro; quem controla o presente controla o passado” diz um personagem do livro. Ao forjar a História, isto é, modificar o passado, populações inteiras podem ser levadas a acreditar que qualquer coisa é natural, que as coisas “sempre foram assim”, e principalmente, banalizar a morte. O falseamento da História mata. E mata bastante.

A “Guerra às drogas” iniciada por Richard Nixon na década de 60 continua a matar pobres, em sua maioria latinos e negros, pelas periferias do continente americano, sem o menor sinal de sucesso. Ora, quem conhecesse a história dos Estados Unidos saberia que essa política é sinônimo de fracasso. 

Nem estavam tão distantes assim dos anos 20, da “Lei Seca” proibindo o consumo de álcool que, portanto, se tornou o item mais consumido pela população estadunidense da época, para a felicidade dos grandes contrabandistas de álcool, como o famoso Al Capone. É história básica jogada pra debaixo do tapete. Por que a política de Guerra às drogas, que falhou miseravelmente em todos os lugares em que foi implantada continua em vigor? 

Talvez, se olharmos pelo prisma Orwelliano, perceberemos que na verdade ela é um projeto que deu certo. Lucra-se mais com a guerra às drogas do que com sua legalização. Aliás, uma curiosidade interessante: não é irônico que a população dos Estados Unidos consuma mais da metade dos psicofármacos produzidos do mundo? Ah mas essas drogas são legalizadas, obviamente. Droga legalizada pode. Não importa se hoje, nos Estados Unidos, ocorrem mais overdoses de remédios do que de crack ou heroína. A história é mutilada: cospe-se em Al Capone e na Psicologia.

Saddam Hussein foi um dos aliados preferidos de Washington, a despeito dos milhares de curdos que eram sistematicamente assassinados pelo ditador.  Posteriormente, se tornou o diabo na terra. O inimigo externo. O satã. Não pela limpeza étnica que promovera em seu país, mas porque saiu do papel que lhe fora atribuído pelos mestres da guerra do Ocidente. Afinal, limpeza étnica nunca foi prioridade nossa, basta ver os inúmeros povos assassinados ao longo da história do século XX, muitos sob a observação de helicópteros Apaches estadunidenses, que ironicamente recebem esses  nomes em homenagem aos indígenas antepassados, vítimas da primeira limpeza étnica nesse continente. Infelizmente não a última da nossa História, mas provavelmente a menos lembrada.

Também foi assim com Bin Laden. Na década de 80, o então presidente dos EUA, Ronald Reagan, comparava o Talibã aos pais fundadores dos Estados Unidos da América. Oras, em menos de uma década eram inimigos mortais. Impossível não lembrar do continente fictício de Orwell, Oceania, que hora era aliado, hora era inimigo ferrenho dos outros continentes fictícios da obra. O importante era estar em guerra contínua. O talibã, monstro cruel e fanático necessário para justificar as atrocidades cometidas em nome da democracia, foi criação nossa. O ocidente alimentou a víbora que lhe picou no dia 11 de setembro de 2001.

Hoje, 2014, Obama discursa na TV explicando que agora o inimigo do Ocidente é o Estado Islâmico.

📍 Não será o último. 📍

O conceito de guerra ininterrupta parece que veio para ficar, travestido pelo mantra “em defesa da liberdade e democracia”.

Vale lembrar que há mais de um século, a Arábia Saudita é um dos principais aliados do Ocidente naquela região. O fato de nos vender barris de petróleo parece pesar mais que a falta de liberdade e direitos humanos no país, principalmente em relação às mulheres. Mas isso nunca incomodou os Estados Unidos ou a ONU a ponto da Arábia Saudita se tornar o grande inimigo da liberdade e da democracia. Por enquanto. 

Enquanto a Arábia Saudita continuar nos alimentando de petróleo, jamais representará um perigo à liberdade. Lá, ouvi uma vez, _eles amam tanto a democracia que tratam de mantê-la guardada à sete chaves para que ninguém a use_.

📍Aliás, quem tem poder de veto na ONU? 📍  Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França: justamente os países que são os maiores produtores de armamentos do planeta. Glória a Deus, vejam como estamos bem. 



TRECHO DE:
*O que “1984”, de George Orwell, pode nos dizer sobre o mundo atual? O Ocidente, a guerra contra o terror e a islamofobia*


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