sexta-feira, 17 de novembro de 2023

O QUE VAI MUDAR TUDO? O GRANDE PIVÔ: INTELIGÊNCIAS ARTIFICIAIS, INTELIGÊNCIAS NATIVAS E A PONTE ENTRE ELAS

 2009: O QUE VAI MUDAR TUDO?


John Tooby
Fundador da área de Psicologia Evolucionista; Codiretor, Centro de Psicologia Evolutiva, Professor de Antropologia, UC Santa Barbara

O GRANDE PIVÔ: INTELIGÊNCIAS ARTIFICIAIS, INTELIGÊNCIAS NATIVAS E A PONTE ENTRE ELAS

TRADUÇÃO DE:
THE GREAT PIVOT: ARTIFICIAL INTELLIGENCES, NATIVE INTELLIGENCES, AND THE BRIDGE BETWEEN

Atualmente, o desenvolvimento tecnológico mais aguardado é uma inteligência artificial multifacetada – talvez até uma inteligência que se auto revise e cresça a um ritmo cada vez mais acelerado, até que realize transformações milenares. Desde a invenção das mentes artificiais, há setenta anos, os cientistas da computação sentiram-se à beira de construir uma máquina de inteligência geral. No entanto, de alguma forma, este objetivo, tal como o horizonte, continua a recuar à medida que se aproxima. Em contraste, pensamos que uma inteligência artificial para todos os fins – num futuro próximo – permanecerá ilusória. Mas compreender o porquê irá desbloquear outras revoluções.

O caminho errado da IA? 

Assumindo que os melhores métodos de raciocínio e pensamento — para a verdadeira inteligência — são aqueles que podem ser aplicados com sucesso a qualquer conteúdo. Equipe um computador com esses métodos gerais, insira alguns fatos aos quais aplicá-los, aumente a velocidade do hardware e uma inteligência incrivelmente alta parece fadada a emergir. No entanto, nunca se materializa, e os níveis alcançados de IA geral permanecem demasiado baixos para serem comparados, de forma significativa, com a inteligência humana.

Mas existem inteligências naturais poderosas. Como funcionam as inteligências nativas – como as encontradas nos humanos? Com poucas exceções, atuam por meio de especialização. Elas separam fragmentos do universo pequenos, mas biologicamente importantes (interações predador presa, cor, troca social, causalidade física, alianças, parentesco genético, etc.) e projetam diferentes métodos de resolução de problemas para cada um. 

A evolução adapta hacks computacionais que funcionam de forma brilhante, explorando relações que existem apenas em seu fragmento particular do universo (a geometria da paralaxe dá à visão uma pista de profundidade; um bebê amamentado por sua mãe é seu irmão genético; dois objetos sólidos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço). 

Estas inteligências nativas são dramaticamente mais inteligentes do que o raciocínio geral porque a seleção natural as equipou com atalhos radicais. Estes contornam as infinitas possibilidades em que as inteligências gerais se perdem. Nossos programas mentais podem ser extremamente bem projetados para resolver alguns problemas, porque não se limitam a usar apenas as estratégias que podem ser aplicadas a todos os problemas.

As lições da psicologia evolucionista indicam que o desenvolvimento de inteligências especializadas – sábios idiotas artificiais – e a sua ligação em rede resultaria numa IA em mosaico, tal como a evolução construiu gradualmente inteligências naturais. 

A atividade essencial é descobrir conjuntos de princípios que resolvam uma determinada família de problemas. Na verdade, as teorias científicas bem-sucedidas são exemplos de inteligências especializadas, quer sejam implementadas culturalmente entre comunidades de investigadores, quer sejam implementadas computacionalmente em modelos de computador. 

Da mesma forma, adicionar duplicatas dos programas especializados que descobrimos na mente humana à rede emergente de IA constituiria um tremendo salto em direção à IA. Essencialmente, para que esta inteligência agregadora se comunique com os humanos – para que compreenda o que queremos dizer com uma pergunta ou o que queremos com um pedido, terá de estar equipada com modelos precisos das inteligências nativas que habitam as mentes humanas.

O que nos leva a outra transformação iminente: progresso rápido e sustentado na compreensão das mentes naturais.

Durante décadas, os psicólogos evolucionistas têm-se dedicado a perpetrar o grande crime reducionista – trabalhando para criar uma disciplina científica que mapeie progressivamente a mente/cérebro humano universal evoluído – a contrapartida computacional do genoma humano. O objetivo da psicologia evolucionista tem sido criar mapas de alta resolução da lógica do circuito de cada um dos programas evoluídos que juntos constituem a natureza humana (raiva, evitação do incesto, identificação política, compreensão da causalidade física, culpa, rivalidade intergrupal, agressão de coalizão, status , atração sexual, representação de magnitude, psicologia predador presa, etc.). Cada uma delas é uma inteligência especializada para resolver sua classe de problemas ancestrais.

A ambição a longo prazo é desenvolver um modelo da natureza humana tão preciso como se tivéssemos as especificações de engenharia para os sistemas de controle de um robô. É claro que tanto a teoria como as evidências indicam que a programação do ser humano é infinitamente mais rica e subtil do que a de qualquer robô previsível.

Ainda assim, como poderia um mapa de circuitos da natureza humana mudar radicalmente a situação em que a nossa espécie se encontra?

A humanidade continuará a ser escrava cega dos programas que a evolução construiu nos nossos cérebros até que os arrastemos para a luz. Normalmente, habitamos apenas as versões da realidade que eles constroem espontaneamente para nós – as superfícies das coisas. 

Como não temos consciência de que estamos num teatro, com os nossos papéis e as nossas falas em grande parte escritos para nós pelos nossos programas mentais, somos credulamente envolvidos nestas peças (como o drama genocida de nós contra eles). As infindáveis reações em cadeia entre estes programas tornam-nos vítimas da história – envoltos na guerra e na opressão, envoltos em ilusões em massa e epidemias culturais, atolados num interminável conflito de soma negativa.

Se compreendermos estes programas e as alucinações coordenadas que eles orquestram nas nossas mentes, a nossa espécie poderá despertar dos papéis que estes programas nos atribuem. No entanto, isto não pode acontecer se este conhecimento – como a mecânica quântica – permanecer para sempre trancado nas mentes de alguns especialistas, isolado pelos anos de estudo necessários para dominá-lo.

O que nos leva a outra transformação interligada, que poderia resolver este problema.

Se fosse feito um esforço concertado, poderíamos desenvolver métodos para transferir corpos de compreensão – domínio intelectual – de forma muito mais rápida, barata e eficiente do que fazemos agora. As universidades ainda usam técnicas medievais (!) (de palestras) para transferir ruidosamente, ao acaso e parcialmente fragmentos de disciplinas do século XXI, levando muitos anos e gastando centenas de milhares de dólares por transferência por pessoa. Mas e se as pessoas pudessem passar quatro meses com uma IA especializada – algo imersivo, interativo, totalmente absorvente e semelhante a um videogame, e emergir com uma compreensão abrangente da física, da ciência dos materiais ou da psicologia evolutiva? 

Para conseguir isso, seriam integradas inovações tecnológicas, científicas e de entretenimento em várias dezenas de áreas: técnicas de pós-produção de Hollywood, as propriedades compulsivamente captadoras de atenção do design de jogos emergentes, aprimoramento cognitivo nutricional, um mapa crescente de nossos programas evoluídos (e seus órgãos de compreensão), uma abordagem psicológica evolutiva para entretenimento, interfaces cérebro computador, neurociências, ambientes virtuais ricos e tecnologias de imagem 3D. Eventualmente, a educação conceitual se tornará intensa, convincente, marcantemente memorável e dez vezes mais rápida.

Uma revolução de Gutenberg na disseminação do domínio conceitual mudaria tudo e – não menos importante – permitiria à nossa espécie alcançar uma auto compreensão científica generalizada. Poderíamos despertar de pesadelos antigos.

Indícios de que TALVEZ a Humanidade corrija seu rumo ao encarar a EXTINÇÃO via Suicídio Climático

 


Energia limpa na China deve fazer país diminuir emissões de CO2 a partir do ano que vem


Só aumento da capacidade de energia de baixo carbono em 2023 abasteceria toda a França

Usinas solar, instaladas em 2023, na China 
= 210 Gigawatts  
= 2 vezes a Capacidade dos EUA
= 4 vezes [China de 2020]

As emissões de dióxido de carbono (CO2) da China, campeã nesse tipo de poluição, podem começar a cair consistentemente pela primeira vez a partir do ano que vem em meio a investimentos em energia sustentável, aponta estudo da organização europeia Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo (Crea), que monitora o setor.
(...)



O Brasil tem um potencial enorme para se tornar um líder mundial na produção de hidrogênio verde. 

Com mais de 83% da energia produzida a partir de fontes renováveis, o país tem as condições ideais para produzir esse combustível sustentável.
(...)

Conforme o site Click Petróleo e Gás, a Europa, principal mercado consumidor de hidrogênio verde, está de olho no Brasil como um parceiro estratégico para essa transição energética. 

A Alemanha, por exemplo, já anunciou que pretende importar 90% do hidrogênio verde que consumirá até 2030.

O Nordeste brasileiro é um dos principais polos de produção de energia renovável no Brasil. A região abriga mais de 700 parques eólicos, que representam 85% da capacidade eólica do país.

[Veja os investimento estrangeiros para produção já em 2024]:



Objetivo do governo do Quênia é que 15 bilhões 
de árvores sejam plantadas em 10 anos

O Quênia decretou um feriado nacional para encorajar o plantio 🌳de 100 milhões de árvores 🌳para combater as 🌎mudanças climáticas🌎.


Com uma população de cerca de 50 milhões de pessoas, cada queniano está sendo incentivado a plantar pelo menos duas mudas para atingir a meta.

O objetivo do governo é que 15 bilhões de árvores sejam plantadas em 10 anos.

O feriado permite que "todos os quenianos possam participar da iniciativa", segundo a ministra do Meio Ambiente, Soipan Tuya.



Parece que ao encararmos a EXTINÇÃO o INSTINTO DE SOBREVIVÊNCIA DA ESPÉCIE pode nos curar de Nossas Loucuras...

🖖👇🏼

O ser humano só evoluí, quando está a beira do precipício.

Cena de filme "O dia em que a terra parou". Um cena impressionante de como nós seres humanos somos.






segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Transição Energética Novembro/2023

 



Barco elétrico solar de 10 lugares tem alcance infinito

O Solar Sal 24 é um barco 100% elétrico solar com alcance infinito que oferece eficiência a um preço acessível

Um barco recebeu a designação de “primeira embarcação de passageiros inspecionada pela Guarda Costeira dos EUA 100% movida a energia solar”. Trata-se do Solar Sal 24, barco elétrico com cabine cuddy movido a energia solar construído pela Belmont Boatworks em Belmont, Maine.

Equipado com um motor elétrico alimentado por baterias recarregadas por painéis solares, o Solar Sal 24 possui células fotovoltaicas em quantidade suficiente para proporcionar um alcance infinito — pelo menos enquanto o sol estiver brilhando.



Como funciona um avião elétrico?

Os aviões híbridos ou completamente elétricos funcionam a com uma bateria recarregável de íons de lítio - parecida com a dos carros elétricos

Avião completamente elétrico da Heart Aerospace (modelo ES-30 para voos regionais e capacidade para 30 pessoas)



Projeto de “árvore solar” vai converter energia solar em elétrica em praças e ruas do ES

Protótipos que geram energia elétrica a partir de energia solar serão instalados em escolas e na casa do governador do ES em 2024


Energia solar traz economia de cerca de R$ 85 bi a todos os consumidores brasileiros

Brasil possui mais de 2,1 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados em telhados, fachadas e pequenos terrenos.

A  *geração própria solar* em telhados, fachadas e pequenos terrenos se mostra uma aliada poderosa na redução dos custos de energia para todos os consumidores no Brasil.


Energia solar por assinatura quadruplica em três anos

Segundo dados do setor, a quantidade de assinaturas aumentou quatro vezes em três anos, mas os consumidores ainda têm dúvidas sobre a adesão


Necessidade de economizar, compromisso com a sustentabilidade do planeta, comodidade e investimento zero são alguns dos fatores que têm levados os consumidores a buscarem a energia fotovoltaica por assinatura como fonte alternativa de geração de eletricidade

O modelo de serviço de fornecimento de eletricidade cresceu 14 vezes em quatro anos, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Em 2019, havia menos de 500 usinas dedicadas a prestar esse tipo de serviço no país. Hoje, esse número chega a 7 mil.
Nos últimos três anos, o número de consumidores de energia solar por assinatura quase quadruplicou no Brasil – saiu de 3 mil para 11 mil clientes, segundo informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A estimativa é que essas instalações alcancem um total de 350 mil consumidores.


PARANAVAÍ

Projeto sugere instalação de placas de energia solar em parceria com Itaipu

As placas fotovoltaicas seriam instaladas no Barracão do IBC, com apoio do programa "Itaipu Mais que Energia".


Usinas solares comercialmente viáveis ​​no espaço

Ainda não tínhamos nem pisado na Lua quando o engenheiro estadunidense Peter Glaser propôs lançar painéis solares no espaço. A ideia era brilhante: painéis fotovoltaicos captariam a energia do Sol sem ser interrompida pelas nuvens e a enviariam de volta à Terra na forma de micro-ondas. Glaser faleceu em 2014, mas sua ideia persiste e estamos mais perto de torná-la realidade.

Usinas solares comercialmente viáveis ​​no espaço

É possível produzir painéis solares leves e de baixo custo que possam gerar energia no espaço durante anos, de acordo com uma nova pesquisa das Universidades de Surrey e Swansea, no Reino Unido. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após analisarem os resultados de um experimento que, embora tivesse sido projetado para durar um ano, opera há sete anos a bordo de um pequeno satélite na órbita terrestre.


Dá para transformar dióxido de carbono em energia, mostra pesquisa

Pesquisadores do MIT desenvolveram um método eficiente para converter dióxido de carbono (CO2) em formiato, um material que pode ser usado para gerar eletricidade;

O novo método atinge uma conversão de mais de 90% do CO2, eliminando a necessidade de uma etapa ineficiente de aquecimento, ao contrário das abordagens tradicionais.

O processo envolve a captura do CO2 em uma solução alcalina, formando bicarbonato de metal líquido, que é posteriormente convertido em formiato líquido por meio de eletroquímica, utilizando eletricidade de baixa emissão de carbono.

O formiato produzido é não tóxico, não inflamável, fácil de armazenar e pode permanecer estável por longos períodos, o que o torna uma opção promissora para armazenamento de energia.

O combustível de formiato pode ter aplicações em unidades residenciais, industriais e sistemas de armazenamento em rede. Este avanço representa uma promissora solução na luta contra as emissões de CO2 e na busca por fontes de energia mais sustentáveis.


VER AINDA:

16 de setembro de 2023

Brasil: um celeiro para o mundo .... de ENERGIAS RENOVÁVEIS!

terça-feira, 24 de outubro de 2023

Antropoceno? NÃO. Capitaloceno / Corporatoceno: porque é a geração insana de LUCRO$ que, como CÂNCER, destrói a NATUREZA.

 


Antropoceno , no lugar de 
Capitaloceno ou Corporatoceno, 
o mais correto, é mais uma aplicação 
da lógica perversa:

Lucros privatizados e 
Prejuízos socializados...😡🤬


Cientistas colocam em xeque o discurso ideológico do Antropoceno, que atribui à humanidade, de forma generalizada, a mudança da era geológica da Terra, que está direcionando o planeta ao colapso. 

Com lucidez e coragem, universidades, pesquisadores, historiadores começam a chamar esta era de Capitaloceno ou Corporatoceno. 

Jason W. Moore, da Universidade de Binghampton, explica o Antropoceno como “uma confusão conceitual e histórica, uma visão neomalthusiana da população, uma interpretação fantasiosa”. 

Outro estudioso do tema, o autor e ecologista S. Falzi, esclarece que a narrativa por trás do Antropoceno sempre foi referir-se a toda a humanidade para esconder os verdadeiros culpados pelos danos aos ecossistemas e pelas alterações do clima no planeta.

A espécie humana está na Terra há pelo menos 200 mil anos. Os hominídeos ancestrais (Homo neanderthalensis e Homo erectus) tem uma história muito mais longa. 

Somente de 150 anos para cá, depois da Revolução Industrial e com a aceleração de um sistema econômico que produz a concentração de poder, a maioria das nações capitalistas e suas indústrias passaram a estar na Terra de maneira aceleradamente destrutiva. 

Com o capitalismo industrial, sociedades capitalistas passaram a mercantilizar diversos aspectos da vida e incentivar a competição no lugar da cooperação, o egoísmo no lugar da generosidade, o ganho pessoal no lugar do bem coletivo, a promover o consumo desnecessário de ciclo rápido e a ignorar a produção de lixo

As emissões de gases do efeito estufa com a queima de combustíveis fósseis cresceram de maneira exponencial, como nunca antes na história do planeta. 

Controlados pela mídia industrial e pelas produções de cultura de massa, temos aceitado essa maneira de estar na Terra como a única possível. 

Temos aceitado que um sistema econômico destrua a Terra e coloque milhões em estado de vulnerabilidade para beneficiar muito poucos, por volta de 200 grupos no mundo todo: petrolíferas, indústria de armas, indústria alimentícia, química, agro, de transportes, madeireiras e indústria tecnológica.

Esses grupos são responsáveis pelo esgotamento de recursos naturais, desmatamento e degradação ambiental, poluição da água e do ar, pela máquina de publicidade que incentiva o consumo cego e exibicionismo como se não houvesse amanhã. 

Esses 200 grupos causam a maior parte da emissão global de CO2 e da destruição, mas atuam com lobbies políticos e acadêmicos, influência direta em governos e forte trabalho de marketing, garantindo impunidade, consumo crescente, cego e acelerado. 

Em excelente artigo escrito por Ladislau Dowbor que acompanha outras pesquisas internacionais, o economista explica que as corporações não são meramente “agentes econômicos em um contexto de liberdade de mercado, mas que constituem um poder efetivo de determinação social e política”

E ele mostra como no Brasil e no mundo são pequenos grupos que geram desigualdade, injustiça social e climática, exploração e crimes contra a Natureza e a humanidade.

Saiba mais:

“O “Antropoceno”: uma estranha ideologia a serviço do status quo” - Jornal da USP: 


“Quem controla a economia brasileira” - Outras Palavras
 Estudo pioneiro mapeia os grupos que acumularam riqueza e poder, enquanto o país regredia. Quais são. Como se favoreceram com as políticas neoliberais, a ponto de chantagear Estado e sociedade para impor seus interesses


Ecofascismo: em defesa do planeta, movimento prega xenofobia e ‘limpeza’ – TAB UOL





A ideia de que o mundo está acabando é uma ótima desculpa para gente não fazer nada. É mais fácil a gente acreditar que o mundo que nós vivemos pode acabar do que a gente acreditar que nós somos capazes de introduzir mudanças nesse mundo. 

Isso é de uma cretinice escandalosa. Além da preguiça e da falta de coragem que isso revela, isso denuncia um empobrecimento do espírito.

Nós temos que ter capacidade de mudar o mundo que nós estamos habitando. 

Principalmente quando sabemos o dano que nós estamos causando com a nossa maneira de estar aqui. Não é por estarmos aqui. 

Essa ‘casa comum’ é um lugar maravilhoso para gente coabitar com todos os outros seres que existem. Nós somos bem-vindos aqui. A questão é que quem não é bem-vindo aqui é nosso modo de estar aqui. Nós estamos do jeito errado aqui na Terra.

-- Ailton Krenak, liderança indígena, ambientalista, filósofo, poeta e escritor membro da Academia Brasileira de Letras, com livros traduzidos em várias línguas. Ailton é também professor Honoris Causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e possui reconhecimento internacional.



sábado, 16 de setembro de 2023

Brasil: um celeiro para o mundo .... de ENERGIAS RENOVÁVEIS!

 

*País avança na produção de hidrogênio verde*

Combustível produzido com uso de fontes de energia renováveis é tendência global para a chamada descarbonização da economia. Pesquisadores gaúchos desenvolvem método a partir de transformação de esgoto em água limpa

Com potencial para ser um dos maiores produtores de hidrogênio verde do mundo, o Brasil tem vantagens naturais associadas a uma matriz elétrica predominantemente renovável.



CCR fala em trem a hidrogênio no Brasil

A CCR tem planos de implantar trem a hidrogênio, de acordo com uma publicação do Infomoney. A empresa é a principal controladora de algumas operadoras de transporte de média e alta capacidade no Brasil, como a ViaQuatro da Linha 4 do metrô, ViaMobilidade nas Linhas 5-Lilás, 8-Diamante, 9-Esmeralda e a futura 17-Ouro, além do VLT Carioca.




Na Califórnia, uma nova usina para a Toyota pode acelerar a revolução do hidrogênio

Planta da FuelCell produzirá hidrogênio, energia e água e entrará em operação no momento em que EUA buscam criar hubs de hidrogênio em todo o país para reduzir emissões



Elmano sanciona política de Hidrogênio Verde e da renda do sol

As duas leis estaduais visam impulsionar setor produtivo no Ceará



Conjunto Eólico Serra do Assuruá, empreendimento com potencial para gerar até três mil empregos diretos e indiretos no pico das obras, está em implantação no município baiano de Gentio do Ouro pela Engie Brasil Energia.



Mapa da energia eólica offshore no Brasil

O mapa interativo da agência epbr sobre o mercado de energia offshore no Brasil



Brasil tem 189 GW de projetos eólicos offshore em licenciamento

COMPARAÇÃO:

Itaipu- Capacidade de geração: = 14 GW

Com 20 unidades geradoras e 14 gigawatts (GW) de potência instalada, *Itaipu fornece cerca de 8,6% da energia consumida no Brasil* e 86,3% do consumo paraguaio.


*Eólica offshore* pode *ampliar em 3,6 vezes capacidade de energia no país*, aponta CNI

Estudo mapeia as áreas em alto mar com maior potencial e os principais setores a serem beneficiados. PI, CE, RN, RJ, ES e RS têm mais oportunidades de exploração

Da Confederação Nacional da Indústria - A fonte eólica, que usa a força dos ventos para produção de energia, já é conhecida no Brasil. A presença de turbinas em terra, no entanto, não é a única forma de geração de eletricidade. É possível colocá-las também no mar, a chamada energia eólica offshore. 

Realidade na Europa, Ásia e América do Norte, a eólica offshore começou a dar seus primeiros passos no Brasil, com pedidos de licenciamento no Ibama:

Até 30 de agosto deste ano, o órgão ambiental contabilizava 78 pedidos de licenciamento, somando 189 GW de potência instalada – *quase a capacidade total de energia já instalada centralizada no país e conectada ao Sistema Interligado Nacional (194 GW)*



Pela primeira vez na história, o Brasil entrou no ranking dos países que mais geram energia solar fotovoltaica no mundo em 2022, segundo a Absolar, ocupando o oitavo lugar com *24 GW de potência instalada acumulada*. Recentemente o *país já bateu 27 GW e a tendência é de ainda mais crescimento*. Atualmente, a maior parcela de geração de energia elétrica é proveniente de fontes renováveis, sendo a segunda mais utilizada, a energia solar.

O crescimento da utilização desta fonte é extremamente importante para diversificação da matriz elétrica brasileira, principalmente diante das constantes crises que afetam as hidrelétricas - sendo hoje a maior fonte de geração de energia elétrica utilizada no país.



Setor de energia solar da Europa alerta para risco de colapso por queda dos preços
11 set 2023
  
O setor de energia solar da Europa fez um alerta nesta segunda-feira sobre a situação "precária" dos fabricantes europeus de produtos para energia solar, já que *os preços dos equipamentos atingiram níveis recordes de baixa*.

A forte demanda, combinada com grandes investimentos e a concorrência acirrada de fornecedores chineses levou a um excesso de capacidade no mercado e a uma queda nos preços dos equipamentos.



Bateria eficiente para armazenar energia de painéis solares

Químicos da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, desenvolveram uma bateria eficiente para armazenar energia de painéis solares. O novo modelo, que é baseado em um novo tipo de eletrólito, tem um custo muito menor que os usados hoje.



Petróleo vai a US$ 90 no dia em que agência anuncia *“início do fim” dos combustíveis fósseis*

No mesmo dia em que a Agência Internacional de Energia antecipa para *antes de 2030* pico do consumo de combustíveis fósseis, alegando avanço da transição energética global, petróleo tem maior alta em 10 meses

A procura global por petróleo, gás natural e carvão tende a começar a cair até o fim desta década, abrindo caminho para uma transição energética com aumento de produção de energia solar, eólica e nuclear, com os carros elétricos (especialmente os chineses) dominando o mercado automotivo mundial.

A previsão de que o mundo está no “no princípio do fim” da era dos combustíveis fósseis foi feita pelo turco Fatih Birol, diretor-executivo da Agência Internacional de Energia (AIE), organização intergovernamental independente.


DISRUPÇÃO LIMPA DE ENERGIA E TRANSPORTE - Tony Seba - A era industrial, na energia e nos transportes, acabará até 2030. Talvez antes.

As projeções de disrupção limpa (baseadas em curvas-s de custo de tecnologia, inovação de modelo de negócios e inovação de produto) mostram que até 2030:

- Toda energia *nova* será fornecida por fonte solar ou por vento.

- Todos os *novos* veículos do mercado de massa serão elétricos.

- Todos esses veículos serão autônomos (auto-dirigidos) ou semi-autônomos.

- O mercado de automóveis diminuirá em 80%.

- A gasolina será obsoleta. A energia nuclear já é obsoleta. O gás natural e o carvão serão obsoletos.

- Até 80% das rodovias não serão necessárias.

- Até 80% dos lugares de estacionamento não serão necessários.

- O conceito de propriedade de um carro individual será obsoleto.

- O setor de seguros para automóvel sofrerá disrupção.

- A indústria de táxi será obsoleta.

#Clean #Disruption: evidências >>> DISRUPÇÃO LIMPA DE ENERGIA E TRANSPORTE - Tony Seba - A era industrial, na energia e nos transportes, acabará até 2030. Talvez antes.

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quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Por quê China ultrapassou Brasil? E pode ultrapassar EUA!

 

 

Por que a China ultrapassou o Brasil?

... ainda que talvez revisões dos dados mostrem que o Brasil ainda é um pouco mais rico que a China em 2017, a mensagem que fica é que nós paramos no tempo enquanto outro país muito mais pobre que o nosso cresceu rapidamente e nos alcançou, ou talvez tenha nos ultrapassado. Mas o que aconteceu? Por que ficamos para trás? Esta é a maior questão que precisamos responder se quisermos encontrar o rumo novamente. Gostaria de focar na estagnação brasileira (deixo a decolagem da China para outro artigo).

https://porque.com.br/por-que-a-china-ultrapassou-o-brasil




A questão não é se a China está produzindo o chip mais avançado do mundo. Essas concorrentes estão surpresas com a capacidade manufatureira da equipe de engenheiros de montar uma cadeia produtiva nacional inteira de semicondutores suficientemente avançados. Elas também estão impressionadas com essa rapidez de aplicar comercialmente os chips com tecnologias de inteligência artificial nos produtos eletrônicos.

Essa redução de tempo do ciclo de Pesquisa & Desenvolvimento na área de chips e de comercialização em larga escala permitirão que os novos produtos, não só da Huawei, mas também de outras fabricantes chinesas, sejam desenvolvidos rapidamente.

Além dessa força de sua própria indústria nacional, atualmente, a China é o único hub tecnológico do mundo para produção internacional com custo baixo e logística eficiente. Essas condições favorecem crescimentos sustentáveis e competitivos das empresas instaladas na China. Sua produção vai reduzir significativamente os preços finais de celulares 5G ou 6G, beneficiando os consumidores de todo mundo.

Portanto, a indústria chinesa de alta tecnologia está fazendo melhor e mais eficiente do que as concorrentes globais pensam. Mesmo que ainda tenha um longo caminho para China alcançar o estado de arte dos chips, essas superações graduais dos gargalos tecnológicos na área de semicondutores já mostram que a China está alocando seus recursos de forma correta.

quarta-feira, 28 de junho de 2023

OTAN x RÚSSIA: Sofrimento e [+ Mortes +] para MUITOS, criando [$ Lucros $] para muito POUCOS - A publicação (baseada em 1984, de Orwell) denuncia os $enhore$ das Guerras

 



(O trecho abaixo (06/02/2015 ‼️) não poderia ser mais esclarecedor)

Presenciamos em 2014, o presidente dos Estados Unidos declarar ao mundo que estava em guerra contra o Estado Islâmico,  iniciando mais um ciclo na “Guerra ao terror” iniciada pela família Bush

No livro “1894”, George Orwell nos deixa duas ideias essenciais para entender o mundo contemporâneo: o conceito de guerra ininterrupta e a manipulação do passado

Ao concluir que uma sociedade hierárquica fatalmente iria entrar em colapso caso se alcançasse uma igualdade material e intelectual entre os seus indivíduos, só havia um jeito de uma minoria se sustentar no topo da ordem social vigente: a manutenção da pobreza e ignorância

Mas em mundo que vive de produção de riquezas, mais precisamente do consumo dessas riquezas, “como manter as rodas da indústria em ação sem aumentar a riqueza real das pessoas?” perguntou Orwell. Sua resposta foi imediata: COM A GUERRA ININTERRUPTA

🔴💀⚠️ Perpetuar inúmeras guerras mantém a produção – e o consumo – material em massa sem oferecer conforto em excesso à população, impedindo também que, a longo prazo, se tornem inteligentes e conscientes demais de sua importância nessa roda giratória de produção. “A guerra, como veremos, não apenas efetua a necessária destruição como a efetua de uma forma psicologicamente aceitável.”⚠️💀🔴

Mas como isso é possível? Como justificar o gasto trilionário em armamentos de guerra enquanto milhões passam fome e se encontram sem moradia? Como relativizar a matança de milhares de jovens soldados e civis inocentes? Como tornar isso tudo, “psicologicamente aceitável”?

Orwell também oferece a resposta: a manipulação da memória histórica. “Quem controla o passado controla o futuro; quem controla o presente controla o passado” diz um personagem do livro. Ao forjar a História, isto é, modificar o passado, populações inteiras podem ser levadas a acreditar que qualquer coisa é natural, que as coisas “sempre foram assim”, e principalmente, banalizar a morte. O falseamento da História mata. E mata bastante.

A “Guerra às drogas” iniciada por Richard Nixon na década de 60 continua a matar pobres, em sua maioria latinos e negros, pelas periferias do continente americano, sem o menor sinal de sucesso. Ora, quem conhecesse a história dos Estados Unidos saberia que essa política é sinônimo de fracasso. 

Nem estavam tão distantes assim dos anos 20, da “Lei Seca” proibindo o consumo de álcool que, portanto, se tornou o item mais consumido pela população estadunidense da época, para a felicidade dos grandes contrabandistas de álcool, como o famoso Al Capone. É história básica jogada pra debaixo do tapete. Por que a política de Guerra às drogas, que falhou miseravelmente em todos os lugares em que foi implantada continua em vigor? 

Talvez, se olharmos pelo prisma Orwelliano, perceberemos que na verdade ela é um projeto que deu certo. Lucra-se mais com a guerra às drogas do que com sua legalização. Aliás, uma curiosidade interessante: não é irônico que a população dos Estados Unidos consuma mais da metade dos psicofármacos produzidos do mundo? Ah mas essas drogas são legalizadas, obviamente. Droga legalizada pode. Não importa se hoje, nos Estados Unidos, ocorrem mais overdoses de remédios do que de crack ou heroína. A história é mutilada: cospe-se em Al Capone e na Psicologia.

Saddam Hussein foi um dos aliados preferidos de Washington, a despeito dos milhares de curdos que eram sistematicamente assassinados pelo ditador.  Posteriormente, se tornou o diabo na terra. O inimigo externo. O satã. Não pela limpeza étnica que promovera em seu país, mas porque saiu do papel que lhe fora atribuído pelos mestres da guerra do Ocidente. Afinal, limpeza étnica nunca foi prioridade nossa, basta ver os inúmeros povos assassinados ao longo da história do século XX, muitos sob a observação de helicópteros Apaches estadunidenses, que ironicamente recebem esses  nomes em homenagem aos indígenas antepassados, vítimas da primeira limpeza étnica nesse continente. Infelizmente não a última da nossa História, mas provavelmente a menos lembrada.

Também foi assim com Bin Laden. Na década de 80, o então presidente dos EUA, Ronald Reagan, comparava o Talibã aos pais fundadores dos Estados Unidos da América. Oras, em menos de uma década eram inimigos mortais. Impossível não lembrar do continente fictício de Orwell, Oceania, que hora era aliado, hora era inimigo ferrenho dos outros continentes fictícios da obra. O importante era estar em guerra contínua. O talibã, monstro cruel e fanático necessário para justificar as atrocidades cometidas em nome da democracia, foi criação nossa. O ocidente alimentou a víbora que lhe picou no dia 11 de setembro de 2001.

Hoje, 2014, Obama discursa na TV explicando que agora o inimigo do Ocidente é o Estado Islâmico.

📍 Não será o último. 📍

O conceito de guerra ininterrupta parece que veio para ficar, travestido pelo mantra “em defesa da liberdade e democracia”.

Vale lembrar que há mais de um século, a Arábia Saudita é um dos principais aliados do Ocidente naquela região. O fato de nos vender barris de petróleo parece pesar mais que a falta de liberdade e direitos humanos no país, principalmente em relação às mulheres. Mas isso nunca incomodou os Estados Unidos ou a ONU a ponto da Arábia Saudita se tornar o grande inimigo da liberdade e da democracia. Por enquanto. 

Enquanto a Arábia Saudita continuar nos alimentando de petróleo, jamais representará um perigo à liberdade. Lá, ouvi uma vez, _eles amam tanto a democracia que tratam de mantê-la guardada à sete chaves para que ninguém a use_.

📍Aliás, quem tem poder de veto na ONU? 📍  Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França: justamente os países que são os maiores produtores de armamentos do planeta. Glória a Deus, vejam como estamos bem. 



TRECHO DE:
*O que “1984”, de George Orwell, pode nos dizer sobre o mundo atual? O Ocidente, a guerra contra o terror e a islamofobia*


O QUE VAI MUDAR TUDO? O GRANDE PIVÔ: INTELIGÊNCIAS ARTIFICIAIS, INTELIGÊNCIAS NATIVAS E A PONTE ENTRE ELAS

  2009: O QUE VAI MUDAR TUDO? John Tooby Fundador da área de Psicologia Evolucionista; Codiretor, Centro de Psicologia Evolutiva, Professor ...